segunda-feira, 16 de julho de 2012

Dica!

Aí vai uma dica: um link com uma série de documentários sobre as grandes obras da literatura universal! Só clicar no link abaixo! Boa diversão!

Grandes livros em documentários

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Folhas soltas de um diário - Elena Arkind

Folhas soltas de um diário

Livro: Folhas soltas de um diário
Autora:  Elena Arkind
Editora: Iluminuras
ISBN: 85-7321-191-1
Ano: 2003
Páginas: 127

.:: RECOMENDO ::. Minha Avaliação: ★★★★ -> Muito bom!

Sinopse: "A autora faz uma reflexão sobre a vida e divide com o leitor experiências pessoais de forma direta e sincera que vivenciou nos seus 82 anos. Elena Arkind narra sentimentos e reflexões sobre o mundo, as pessoas, a sociedade e o amor. Dividido em quatro partes o livro narra momentos singulares de sua vida. Sua reflexão e experiência ao mesmo tempo em que são contadas podem servir como ensinamentos para o leitor." (Skoob) 
"Se todo diário nos coloca em perspectiva diante de uma vida, também é verdade que essa experiência intransferível se revela em múltiplas superfícies lembrando o texto de ficção. A forma do gênero, com seu estilo fragmentado, o coloca como uma quase parente da narrativa contemporânea.
Elena Arkind, autora de Contos da carochinha para gente grande e Diário íntimo de um cachorro, realiza um profundo diálogo consigo mesma, com a coragem de quem sabe que "as confissões são fáceis e perigosas". Não há sequências lógicas de núcleos narrativos; há cenas fragmentadas, captadas em tempos e lugares distintos. Entretanto, essa forma de relato, recolhendo a maneira pela qual a história é percebida pela narradora, lhe permite que os acontecimentos descritos adquiram significação plena, ampliando o domínio da expressão. 
A autora parece perseguir um lugar que legitime vida e ficção. O ponto de vista não é um problema, pois a prática e o tema precedem a teoria. Para tratar da história de uma vida, inverte a ordem "natural" do relato, tomando um dizer emprestado da lírica para introduzir a vida na narrativa. A ausência de história no plano da ficção, engendra um relato denso e poético no plano da escrita.
Recortes precisos, vivenciais. Nestas Folhas soltas de um diário encontramos a intuição de uma vida. E no ato de escrevê-la, a intuição encontra sua fundamentação, já que a exposição intuitiva, está baseada no pensar e contemplar sistemáticos" (Samuel Leon)

Considerações:  
Comprei esse livro em uma feira que aconteceu em um shopping da minha cidade, e me chamou a atenção por ser um livro que tem o gênero "diário" (um dos meus preferidos), além da capa linda. Além de estar custando R$9,00 (acreditem!). Mesmo não conhecendo a autora, gostei da apresentação e não me arrependo, o livro é lindo, em todos os sentidos!
Para começar, ele vem com um marcador de livros, com a mesma estampa do fundo da capa. O marcador é destacável da "orelha" do livro. Muito bacana!

O livro é dividido em 4 partes, sendo: Folhas soltas de um diário; Intermezzo; A ilha onde nunca mais porei os pés e Folhas de Outono.
É uma narrativa sobre a vida de uma mulher, contada através dos seus diários de 1962 até 1997, passando por vários estágios de sua vida. É triste, emocionante, toca no fundo da alma e nos faz refletir sobre questões de amor, solidão, família, etc.

Trechinhos que gostei:  
Alguns (muitos) trechinhos que eu marquei:

"Há pessoas que não sabem viver sem trabalhar. Outras não sabem viver sem sofrer. Eu era assim. Enquanto sofria, sabia que existia. E procurava o sofrimento, me apegava a ele, cultivava-o."
"Eu sabia disso tudo e o amava assim mesmo, porque os amados e os amigos a gente aceita como eles são."
"Você sabe que gosto tem  a saudade? Aquela saudade doída que machuca e faz a gente chorar bem baixinho pelos cantos ou então gritar, uivar como um animal ferido?"
"A vida sem amor é pobre e inútil. É fria."
"E eu só, como sempre. Para mim não há amor, nem carinho, nem carícias. Sonhos e castelos eu os construo sem ninguém".
"É tão triste estar sem amor no meio dos que se amam."
"Quando se está só não há ninguém para nos machucar."
"É estranho como nossos valores mudam quando, de uma hora para outra, nos damos conta, conscientemente de que a vida que nos é entregue vem sem nenhum certificado de garantia e que não há nada mais certo do que o ditado popular de que para morrer basta estar vivo."
"E se o desgaste mental, intelectual ou emocional ocorrem com frequência, o fisico, esse não falha nunca. Pensando bem, acho que até é melhor quando os dois ocorrem juntos porque para uma mente lúcida assistir à decadência e dependência física deve ser no mínimo humilhante e cruel."
"Cada ser humano deve se esforçar em deixar um rastro, um marco que ateste a sua passagem nesta vida. Eu evidentemente não vou deixar marco nenhum e agora já é tarde."
 

Sobre o autor:
Elena Arkind nasceu em Paris, França, em 1921 e passou a infância e a adolescência na Romênia e aprendeu a falar oito idiomas. Aos 17 anos desembarcou no Rio de Janeiro, onde se casou, teve filhos e se naturalizou brasileira.  


quinta-feira, 7 de junho de 2012

A felicidade é fácil - Edney Silvestre

A felicidade é fácil


Livro: A felicidade é fácil
Autor:  Edney Silvestre
Editora: Record
ISBN: 978-85-01-09499-5
Ano: 2011
Páginas:224

.:: RECOMENDO ::. Minha Avaliação: ★★★★ -> Muito bom!
Sinopse:
"Um dos maiores desafios para um autor é lançar um novo livro depois de um primeiro retumbante sucesso. Cria-se enorme expectativa e essa pressão pode inibir o escritor. Edney Silvestre enfrentou esse problema: Se eu fechar os olhos agora mereceu importantes prêmios literários e despertou o interesse do mercado estrangeiro. Sem se abalar por essas questões circunstanciais, Silvestre trabalhava uma nova narrativa, essa que temos em mãos. A felicidade é facil comprova que Silvestre veio ocupar um lugar de destaque no quadro literário brasileiro. Com engenho, ele subverte a forma vencedora do primeiro romance, em que a macro-história (o conturbado período pré-ditadura militar) servia como pano de fundo a um relato de violência e mandonismo. Neste novo livro, os destinos pessoais estão indissoluvelmente ligados à macro-história, o governo Collor. O autor une as duas pontas da história recente do Brasil: se em Se eu fechar os olhos agora havia ainda uma certa inocência, por meio do olhar das crianças, em A felicidade é fácil ingressamos na era do cinismo, do despudor, do salve-se quem puder. Tecnicamente, Silvestre nos dá uma lição: com alguns elementos típicos da narrativa policial, cria um romance político, gênero difícil e quase inexplorado no Brasil. Tudo transcorre, em capítulos intercalados, em menos de 24 horas, a partir da cena de um sequestro. Ficamos conhecendo então Olavo e Ernesto, publicitários envolvidos com a alta corrupção do governo federal; Mara, uma ex-acompanhante de executivos; Irene e o marido, além do filho, empregados domésticos; Major, motorista particular, e sua filha, Bárbara; e os membros de uma quadrilha internacional de sequestradores. Impressionante como Silvestre penetra nos universos distintos de cada um desses personagens. O narrador trafega com desenvoltura pelos gostos consumistas de Olavo e Mara, pelos meandros da sangria de dinheiro do Brasil para o exterior, pelo mundo de desejo e frustração do casal Irene-Stephan e do Major e sua filha e, ainda, pelo linguajar e modos de delinquentes de alto coturno. Ao fim e ao cabo, em meio à lama que parece avançar sobre tudo, Silvestre encontra esperança. Como no poema de Drummond, em que uma flor fura “o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio”. Sublime." (Skoob)

Sobre o autor:

Escritor e jornalista, Edney Silvestre foi correspondente do jornal O Globo e da TV Globo em NY. Hoje está baseado no Rio, onde faz reportagens para todos os jornais da Rede Globo e semanalmente apresenta o Espaço Aberto Literatura, na Globonews, programa no qual entrevista grandes escritores consagrados e novos autores. 
Autor de Dias de cachorro louco, Outros tempos e Contestadores, estreou na ficção com o romance Se eu fechar os olhos agora - vencedor do prêmio Jabuti de melhor romance e do Prêmio São Paulo de Literatura -, também publicado na Sérvia e em Portugal e a sair na Holanda, Itália, Alemanha e França.

Considerações:

O livro se passa durante dos dias do mês de Agosto, e os capítulos são os acontecimentos que envolvem essa família e seus empregados, além de mostrar bastidores da política de interesses que acontecem no país. Gostei da forma como o livro foi dividido, nos prende, nos faz ler da primeira à última página rapidamente, pois a trama é bem trabalhada, de fácil leitura e o enredo nos deixa ansiosos pelo final.
O final - não vou falar o que acontece para não ser SPOILER para quem ainda não leu - mas o final é o motivo de não ter dado 5 estrelas. O autor conseguiu fechar a história, mas no meu ponto de vista ainda faltou uma explicação do que aconteceu logo depois. Acabei o livro precisando de mais algumas páginas para eu me libertar da história. O livro poderia ter mais umas 3 páginas só para atar as pontas e concluir o "depois". Fora isso, eu achei pesado, com muitas cenas de sexo e linguajar pesado,  mas mesmo com todos esses detalhes que explicitei, o livro é muito bom e recomendo para todos que gostam de histórias tristes, nas quais você se envolve com os personagens. 
Esse é o primeiro livro do autor que leio, mas me deixou as portas abertas para ler o seu primeiro romance "Se eu fechar os olhos agora", premiado e aclamado pela crítica. Ainda não o tenho, mas certamente será uma das minhas próximas aquisições!


Indicação:
"Edney Silvestre se tornou uma revelação da literatura brasileira"  (O Globo)
 

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Nunca houve um homem como Heleno - Marcos Eduardo Neves

Nunca houve um homem como Heleno

Livro: Nunca houve um homem como Heleno
Autor:  Marcos Eduardo Neves
Editora: Zahar
ISBN: 978-85-378-0802-3
Ano: 2012
Páginas: 343

Esse é um post diferente! Eu ainda não li esse livro, e nem será uma das minhas próximas leituras, mas eu explico o motivo de escrever sobre ele: o autor, Marcos Eduardo Neves, esteve em uma noite de autógrafos em minha cidade, no mês de Abril, e não pude deixar de prestigiá-lo. Vou postar a foto do meu autógrafo e deixar informações como a sinopse do livro, os links sobre o filme "Heleno", que foi adaptado para os cinemas (Rodrigo Santoro foi o protagonista) e os dados do autor, para quem se interessar!

Reproduzo a foto do meu livro autografado e as suas simpáticas palavras: "À querida Aline, grande alvinegra, a epopéia e tragédia de um verdadeiro herói. Beijos do Marcos Eduardo Neves, 25/04/12".


Sinopse: O épico e o trágico marcaram a vida e a carreira de Heleno de Freitas (1920-1959), o mais mítico centroavante do Botafogo e da Seleção Brasileira. Da ascensão vertiginosa ao martírio galopante que o levou literalmente à loucura e por isso a ser internado em um hospício, a história do jogador de futebol que levou ao delírio tantos torcedores é tema desta biografia do jornalista carioca Marcos Eduardo Neves.  (Skoob)
Sobre o autor:  Marcos Eduardo Neves é jornalista e autor, entre outros livros, de Anjo ou Demônio: a polêmica trajetória de Renato Gaúcho e O Maquinista: Francisco Horta e sua inesquecível máquina tricolor. Seu livro Vendedor de Sonhos: vida e a obra de Roberto Medina foi publicado no Brasil, em Portugal e na Espanha.

Adaptação para os cinemas: http://cinema10.com.br/filme/heleno



 
 Eu indico a leitura para os botafoguenses e amantes de futebol! Se alguém se aventurar, manda uma mensagem contando o que achou! :)

terça-feira, 5 de junho de 2012

Drummond por Ferreira Gullar - BRAVO!


Drummond por Ferreira Gullar



gullar
BRAVO! teve acesso em primeira mão ao livro 25 Poemas da Triste Alegria, que reúne poesias inéditas do início da carreira de Carlos Drummond de Andrade. Assista ao vídeo em que o poeta Ferreira Gullar recita algumas criações do livro até então desconhecido e que será editado pela Cosac Naify
 

ASSISTA AO VÍDEO AQUI: 
Drummond por Ferreira Gullar - BRAVO!

Assassinatos na Academia Brasileira de Letras - Jô Soares

Assassinatos na Academia Brasileira de Letras


Livro: Assassinatos na Academia Brasileira de Letras
Autor:  Jô Soares
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2005
Páginas: 254

 Minha Avaliação: ★★★  
Sinopse:

"A princípio aquilo parecia um paradoxo ou uma brincadeira de mau gosto: durante seu discurso de posse, o senador Belizário Bezerra, o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras, caiu fulminado no salão do Petit Trianon. A morte de outro confrade, em circunstâncias semelhantes - súbita, sem sangue e sem violência aparente - trouxe uma tensão inusitada para a tradicionalmente plácida casa de Machado de Assis; um serial killer literário parecia solto pelo pacato Rio de Janeiro de 1924, e não estava pra brincadeira. Queria ver mortos todos os imortais. Os "Crimes do Penacho", como a imprensa marrom apelidou a série de assassinatos, despertaram a curiosidade do comissário Machado Machado, um tipo comum na paisagem carioca não fosse o indefectível chapéu-palheta, a pinta de sedutor irresistível e a obstinação em provar que aquelas mortes jamais poderiam ser coincidências. Em sua investigação, que serpenteia entre um chope e outro no Café Lamas, reduto dos intelectuais e jornalistas, uma visita ao teatro São José (mais precisamente ao camarim da deslumbrante Monique Margot, a estrela da peça "Alô... Quem Fala?"), uma passada no cemitério São João Batista e outra na Lapa, Machado Machado se vê às voltas com uma fauna exótica e muito particular. Os suspeitos estão em toda parte: políticos, jornalistas, religiosos, nobres falidos, embaixadores, crupiês, poetas maiores e menores, homens de letras, magnatas da imprensa, quase todos com um pendor inescapável para o assanhamento e a malandragem. "Assassinatos na Academia Brasileira de Letras" combina o sabor da prosa de Jô Soares a uma pesquisa histórica que reconstitui nos mais ricos detalhes um Rio de Janeiro que até agora não estava nos livros: parecia estar apenas na memória de quem o viveu. Como quem não quer nada, Jô mistura erudição e humor, texto e imagens, suspense e comédia de costumes - fórmula secreta que, na mão dos grandes autores, garante a marca da melhor literatura." (Skoob)

Considerações:

Esse foi o primeiro livro do Jô Soares que li. Eu tenho O Xangô de Baker Street e As Esganadas, mas nunca foram a minha opção de leitura.
Este livro não é meu, peguei emprestado, e sempre tive a sensação de que seria muito bom. Engano o meu! Demorei mais de 20 dias para ler, e fiquei decepcionada. 
Achei uma leitura maçante, arrastada, previsível, repetitiva, que não me animou a seguir em frente. Eu quase desisti no meu do livro, mas resolvi dar uma chance, com a esperança de que seria melhor no final. Achei o humor e as referências sexuais muito forçadas. Um exagero desnecessário para a trama.

Resolvi considerar um livro 3 estrelas, por a trama ser fraca, mas por outro lado tem  belíssimas descrições do Rio de Janeiro da década de 20, das ruas, bairros, do Copacabana Palace, cassinos, livrarias, cafés, dos fatos históricos e das várias referências a grandes escritores, tais como: Machado de Assis, Olavo Bilac, etc. Essa "pitada cultural" salvou o livro!

Ah, gostei muito da dedicatória que o Jô faz: "ao querido Rubem Fonseca, que insiste em não me deixar inventar palavras".

Sobre o autor: 
Jô Soares nasceu em 1938, no Rio de Janeiro. Comediante, humorista e dramaturgo, é autor de O Flagrante, O astronauta sem regime e O humor nos tempos de Collor, além dos romances lançados pela Companhia das Letras: O Xangô de Baker Street (já publicado em doze países), O homem que matou Getúlio Vargas (que teve sete edições estrangeiras) e As Esganadas, seu último livro.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A arte da imperfeição - Brené Brown

A arte da imperfeição

Livro: A arte da imperfeição - Abandone a pessoa que você acha que deve ser e seja você mesmo
Autora:  Brené Brown
Editora: Novo Conceito
ISBN: 978-85-8163-010-6
Ano: 2012
Páginas: 184

.:: RECOMENDO ::. Minha Avaliação: ★★★★ -> Muito bom!
Sinopse:
Este importante livro é sobre a jornada de uma vida, deixando de se preocupar com "O que os outros vão pensar?" e acreditando que "Eu sou suficiente". A habilidade ímpar da autora em misturar pesquisa original com relatos faz com que a leitura de A Arte da Imperfeição pareça uma longa e animadora conversa com uma amiga muito sábia que oferece compaixão, sabedoria e ótimos conselhos. A cada dia nos deparamos com uma enxurrada de imagens e mensagens da sociedade e da mídia nos dizendo quem, o que e como devemos ser. Somos levados a acreditar que, se pudéssemos ter um olhar perfeito e levar uma vida perfeita, já não nos sentiríamos inadequados. E se eu não posso manter todas essas bolas no ar? Por que não é todo mundo que trabalha duro e vive às minhas expectativas? O que as pessoas vão pensar se eu falhar ou desistir? Quando posso parar de provar a mim mesmo? Em A Arte da Imperfeição, Brené Brown, Ph.D, é uma especialista em vergonha, autenticidade e compartilha a coragem que aprendeu em uma década de pesquisas sobre o poder de viver sinceramente. (Skoob)

" Abandone a pessoa que você acha que deve ser e seja você mesmo".
"Viver plenamente não é uma escolha que se faz uma vez. É um processo. Na verdade, acredito que seja a jornada de uma vida. Meu objetivo é levar consciência e clareza para a constelação de escolhas que levam à Vida Plena e compartilhar aquilo que aprendi com muitas e muitas pessoas que se dedicaram a viver e amar com todo o coração. Antes de embarcar em qualquer jornada, incluíndo esta, é importante conversar sobre o que precisamos levar conosco. O que é necessário para se viver e amar a partir de uma afirmação de valor? Como aceitar a imperfeição? Como cultivar o necessário e abrir mão das coisas que nos prendem?
As respostas a todas essas questões são coragem, compaixão e sintonia, e são as ferramentas das quais precisamos para abrir o caminho em nossa jornada". 
Sobre o autor: 
Brené Brown é Ph.D., pesquisadora, escritora e professora na Universidade de Houston. em 2008, foi nomeada Professora Supervisora de Saúde Comportamental no Conselho de Álcool e Drogas de Houston. O trabalho de Brené Brown já foi apresentado no programa da Oprah Winfrey e artigos seus foram publicados nas revistas Self e Elle e em muitas outras nos EUA. Você pode saber mais sobre Brené Brown e sua pesquisa visitando www.brenebrown.com ou seu blog: www.ordinarycourage.com
 
Considerações:


Conheci o livro pela seção de lançamentos da livraria Saraiva, e apesar de estar catalogado como autoajuda, a capa de chamou a atenção e resolvi comprar. Mesmo não tendo o hábito de ler esse tipo de livro, estava em um dia voltado para ler alguma coisa que deixasse uma mensagem positiva e animasse o dia.
Comecei a folhear o  livro e já no início a autora faz um "esqueleto" da obra, explicando o seu trabalho de pesquisadora e revelando que o livro é o resultado das suas conclusões.
Há uma introdução sobre o que é viver plenamente, os dons da imperfeição, os poderes da coragem, compaixão, sintonia, do amor, do pertencimento, de ser suficiente e as coisas que atrapalham. 
O livro é dividido em 10 orientações:
1- Cultivando a autenticidade
2- Cultivando a autocompaixão
3- Cultivando um espírito resiliente
4- Cultivando gratidão e alegria
5- Cultivando intuição e confiando na fé
6- Cultivando a criatividade
7- Cultivando brincadeiras e descanso
8- Cultivando calma e tranquilidade
9- Cultivando um trabalho significativo
10- Cultivando riso, música e dança 

Nessas orientações, apesar de ser um pouco repetitiva, além de pontos para nos deixar refletir, a autora conta casos, inclusive pessoais e relata experiências de sua pesquisa e nos faz pensar, e muito, nas pequenas coisas do cotidiano e em como aceitar as nossas imperfeições.

Alguns trechos mereceram destaque e vou compartilhar os meus preferidos:

"Foi só recentemente que aprendi que minimizar as coisas emocionantes não diminui a dor quando elas não acontecem, mas diminui a alegria quando elas efetivamente acontecem".

"Só conseguimos pertencer quando oferecemos nosso eu autêntico e somos aceitos pelo que somos".

"Quanto a mim, não quero alguém que só diz que me ama; quero alguém que pratique amor por mim todos os dias". 

"Além do medo de desapontar as pessoas ou afastá-las com nossas histórias, também receamos que, ao contarmos nossas histórias, o peso de nossa experiência desabará sobre nós. Existe um medo real de que possamos ser enterrados ou definidos por uma experiência que, na verdade, é apenas um fragmento do que nós somos".

"Quando alguma coisa vergonhosa acontece e nós a mantemos abafada, ela apodrece e cresce. Ela nos consome".

"Há uma rachadura em tudo. É assim que a luz entra" (citação de Leonard Cohen) 

Esse livro nos fazer refletir, nos faz sentir a leveza de pequenas coisas e sim, ele mudou para a melhor a minha vida. Leia você também!

 


"Uma casa sem livros é como uma sala sem janelas"


Antes de Dormir - S. J. Watson

Antes de Dormir

Livro: Antes de Dormir
Autor:  S. J. Watson
Editora: Record
ISBN: 978-85-01-09205-2
Ano: 2012
Páginas: 400



.:: RECOMENDO ::. Minha Avaliação: ★★★★★ -> Excelente!

Sinopse:

Todos as manhãs, Christine acorda sem saber onde está. Suas memórias desaparecem todas as vezes que ela dorme. Seu marido, Ben, é um estranho. Todos os dias ele tem de recontar a vida deles e o misterioso acidente que tornou Christine uma amnésica. Encorajada por um médico, ela começa a escrever um diário para ajudá-la a reconstruir suas memórias mas acaba descobrindo que a única pessoa em quem confia talvez esteja contando apenas parte da história. (Skoob)

Comentários:

Li esse livro em 2 dias. A história já é clichê, sobre uma mulher, Christine, que perde a memória e acorda todos os dias ao lado de um homem, Ben, que diz ser seu marido e conta a sua história, explicando que sua perda de memória é consequência de um acidente de carro. Christine sofre de dois tipos de amnésia, uma que impede que novas informações sejam armazenadas combinada com a perda de memórias de antes do acidente.

Christine acorda sem saber quem é, já com mais de 40 anos e nunca sabe onde está e quem é a pessoa que estão ao seu lado. Ben, seu marido, reconta a história todos os dias, com a ajuda de fotos do casal espalhadas pela casa.

Já no início do livro, ela recebe uma ligação de um médico, o Dr. Nash, que novamente lhe explica quem é, conta sobre o tratamento que estão fazendo e lhe recorda que ela tem escrito um diário, que está escondido, e descreve suas lembranças e os fatos que ocorrem todos os dias.  Assim , ela descobre que Ben nem sempre é sincero com ela, e que ele não é uma pessoa confiável. 

"Algo mais foi acrescentado. Algo inesperado, aterrorizante. Mais aterrorizante que qualquer coisa que vi hoje. Ali, sob o meu nome, em caneta preta e letras maiúsculas, estão quatro palavras.
NÃO CONFIE EM BEN." (página 43)

Imagine você acordar todos os dias sem saber quem é, ao lado de um homem que não conhece e ainda ter que acreditar na história que ele conta? E para piorar, descobrir que não pode confiar em quem se diz ser seu próprio marido, a pessoa mais próxima de você?

O livro nos prende de tal forma, que não é possível largá-lo até terminar. Envolvente, surpreendente e com um final de deixar os cabelos arrepiados. Um suspense de tirar o fôlego e que terá uma ótima adaptação para os cinemas! Super recomendo, já virei fã do autor!

O suspense do ano!

Indicações:

"Simplesmente o melhor romance de estreia que eu já li" (Tess Gerritsen - autora de "O Cirurgião") 

"Um estrondoso bom thriller" (Lionel Shriver - autora de "Precisamos falar sobre o Kevin") 

"Fiquei com meus nervos em frangalhos durante horas depois que terminei a última página" (Dennis Lehane - autor de "Ilha do Medo")

Sobre o autor:

 Antes de dormir é o romance de estréia de S. J. Watson, resultado de um curso da Faber Academy - Como escrever um Romance -, ele usa um enredo comum com personagens bem desenvolvidos, estrutura envolvente e um final arrebatador. A trama não deixa pontos soltos, todos os pequenos fatos tem correlação e papel importante na vida da personagem principal. (Ver resenha do site Psychobooks)


Book Trailer:

 



 

sábado, 2 de junho de 2012

Como prometido: Instantes (Jorge Luís Borges)

Como escrevi no post anterior, segue o poema Instantes, que tem autoria atribuída a Jorge Luís Borges (um dos meus escritores preferidos). 
Essa autoria é questionada, mas como não há comprovação ao certo de quem seria o autor, considero como sendo do Borges...

Vou postar a versão original em espanhol e a traduzida para o português. Prepare-se, ele é emocionante:

Instantes 

"Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria mais tolo ainda do que tenho sido, na verdade bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico. Correria mais riscos, viajaria mais, contemplaria mais entardeceres, subiria mais montanhas, nadaria mais rios. Iria a mais lugares onde nunca fui, tomaria mais sorvete e menos lentilha, teria mais problemas reais e menos problemas imaginários. Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata e produtivamente cada minuto da vida, claro que tive momentos de alegria.
Mas se pudesse voltar a viver, trataria de ter somente bons momentos.
Porque, se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos, não percas o agora.
Eu era um desses que nunca ia a parte alguma sem um termômetro, uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas. Se voltasse a viver, começaria a andar descalço no começo da primavera e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua, contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças, se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas já viram, tenho oitenta e cinco anos e sei que estou morrendo".


Versão em espanhol: 

"Si pudiera vivir nuevamente mi vida.
En la próxima, trataría de cometer mas errores.
No intentaría ser tan perfecto, me relajaría mas.
Sería mas tonto de lo que he sido, de hecho
tomaría muy pocas cosas con seriedad.
Sería menos higiénico, correría mas riesgos.
Haría mas viajes, contemplaría mas atardeceres,
subiría mas montañas, nadaría mas ríos.

Iría a mas lugares donde nunca he ido,
comería mas helados y menos habas.
Tendría mas problemas reales y menos imaginarios.

Yo fui una de esas personas que vivió sensata y prolíficamente
cada minuto de su vida.
Claro que tuve momentos de alegría, pero si pudiese volver atrás,
trataría de tener solamente buenos momentos.

Por si no lo saben, de eso está hecha la vida, solo de momentos.
No te pierdas el ahora.
Yo era uno de esos que nunca iba a ninguna parte, sin un
una bolsa de agua caliente, un paraguas y un paracaídas.
Si pudiese volver a vivir, viajaría mas liviano.

Si pudiera volver a vivir, comenzaría a andar descalzo a principios de la primavera y seguirá así hasta concluir el otoño.
Daría mas vueltas en calesita, contemplaría mas amaneceres y jugaría con niños.
Si tuviera otra vez la vida por delante.
Pero ya ven, tengo 85 años y sé que me estoy muriendo".

Lindo, independente da autoria!

Achei um vídeo no youtube com a versão do poema em espanhol, para quem interessar: