Livro: Assassinatos na Academia Brasileira de Letras
Autor: Jô Soares
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2005
Páginas: 254
Minha Avaliação: ★★★
Sinopse:
"A princípio aquilo parecia um paradoxo ou uma brincadeira de mau gosto:
durante seu discurso de posse, o senador Belizário Bezerra, o mais novo
imortal da Academia Brasileira de Letras, caiu fulminado no salão do
Petit Trianon. A morte de outro confrade, em circunstâncias semelhantes -
súbita, sem sangue e sem violência aparente - trouxe uma tensão
inusitada para a tradicionalmente plácida casa de Machado de Assis; um
serial killer literário parecia solto pelo pacato Rio de Janeiro de
1924, e não estava pra brincadeira. Queria ver mortos todos os imortais.
Os "Crimes do Penacho", como a imprensa marrom apelidou a série de
assassinatos, despertaram a curiosidade do comissário Machado Machado,
um tipo comum na paisagem carioca não fosse o indefectível
chapéu-palheta, a pinta de sedutor irresistível e a obstinação em provar
que aquelas mortes jamais poderiam ser coincidências. Em sua
investigação, que serpenteia entre um chope e outro no Café Lamas,
reduto dos intelectuais e jornalistas, uma visita ao teatro São José
(mais precisamente ao camarim da deslumbrante Monique Margot, a estrela
da peça "Alô... Quem Fala?"), uma passada no cemitério São João Batista e
outra na Lapa, Machado Machado se vê às voltas com uma fauna exótica e
muito particular. Os suspeitos estão em toda parte: políticos,
jornalistas, religiosos, nobres falidos, embaixadores, crupiês, poetas
maiores e menores, homens de letras, magnatas da imprensa, quase todos
com um pendor inescapável para o assanhamento e a malandragem.
"Assassinatos na Academia Brasileira de Letras" combina o sabor da prosa
de Jô Soares a uma pesquisa histórica que reconstitui nos mais ricos
detalhes um Rio de Janeiro que até agora não estava nos livros: parecia
estar apenas na memória de quem o viveu. Como quem não quer nada, Jô
mistura erudição e humor, texto e imagens, suspense e comédia de
costumes - fórmula secreta que, na mão dos grandes autores, garante a
marca da melhor literatura." (Skoob)
Considerações:
Esse foi o primeiro livro do Jô Soares que li. Eu tenho O Xangô de Baker Street e As Esganadas, mas nunca foram a minha opção de leitura.
Este livro não é meu, peguei emprestado, e sempre tive a sensação de que seria muito bom. Engano o meu! Demorei mais de 20 dias para ler, e fiquei decepcionada.
Achei uma leitura maçante, arrastada, previsível, repetitiva, que não me animou a seguir em frente. Eu quase desisti no meu do livro, mas resolvi dar uma chance, com a esperança de que seria melhor no final. Achei o humor e as referências sexuais muito forçadas. Um exagero desnecessário para a trama.
Resolvi considerar um livro 3 estrelas, por a trama ser fraca, mas por outro lado tem belíssimas descrições do Rio de Janeiro da década de 20, das ruas, bairros, do Copacabana Palace, cassinos, livrarias, cafés, dos fatos históricos e das várias referências a grandes escritores, tais como: Machado de Assis, Olavo Bilac, etc. Essa "pitada cultural" salvou o livro!
Ah, gostei muito da dedicatória que o Jô faz: "ao querido Rubem Fonseca, que insiste em não me deixar inventar palavras".
Sobre o autor:
Jô Soares nasceu em 1938, no Rio de Janeiro. Comediante, humorista e dramaturgo, é autor de O Flagrante, O astronauta sem regime e O humor nos tempos de Collor, além dos romances lançados pela Companhia das Letras: O Xangô de Baker Street (já publicado em doze países), O homem que matou Getúlio Vargas (que teve sete edições estrangeiras) e As Esganadas, seu último livro.
Para mais informações:
http://www.assassinatosnaacademia.com.br/http://www.assassinatosnaacademia.com.br/
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