terça-feira, 5 de junho de 2012

Assassinatos na Academia Brasileira de Letras - Jô Soares

Assassinatos na Academia Brasileira de Letras


Livro: Assassinatos na Academia Brasileira de Letras
Autor:  Jô Soares
Editora: Companhia das Letras
Ano: 2005
Páginas: 254

 Minha Avaliação: ★★★  
Sinopse:

"A princípio aquilo parecia um paradoxo ou uma brincadeira de mau gosto: durante seu discurso de posse, o senador Belizário Bezerra, o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras, caiu fulminado no salão do Petit Trianon. A morte de outro confrade, em circunstâncias semelhantes - súbita, sem sangue e sem violência aparente - trouxe uma tensão inusitada para a tradicionalmente plácida casa de Machado de Assis; um serial killer literário parecia solto pelo pacato Rio de Janeiro de 1924, e não estava pra brincadeira. Queria ver mortos todos os imortais. Os "Crimes do Penacho", como a imprensa marrom apelidou a série de assassinatos, despertaram a curiosidade do comissário Machado Machado, um tipo comum na paisagem carioca não fosse o indefectível chapéu-palheta, a pinta de sedutor irresistível e a obstinação em provar que aquelas mortes jamais poderiam ser coincidências. Em sua investigação, que serpenteia entre um chope e outro no Café Lamas, reduto dos intelectuais e jornalistas, uma visita ao teatro São José (mais precisamente ao camarim da deslumbrante Monique Margot, a estrela da peça "Alô... Quem Fala?"), uma passada no cemitério São João Batista e outra na Lapa, Machado Machado se vê às voltas com uma fauna exótica e muito particular. Os suspeitos estão em toda parte: políticos, jornalistas, religiosos, nobres falidos, embaixadores, crupiês, poetas maiores e menores, homens de letras, magnatas da imprensa, quase todos com um pendor inescapável para o assanhamento e a malandragem. "Assassinatos na Academia Brasileira de Letras" combina o sabor da prosa de Jô Soares a uma pesquisa histórica que reconstitui nos mais ricos detalhes um Rio de Janeiro que até agora não estava nos livros: parecia estar apenas na memória de quem o viveu. Como quem não quer nada, Jô mistura erudição e humor, texto e imagens, suspense e comédia de costumes - fórmula secreta que, na mão dos grandes autores, garante a marca da melhor literatura." (Skoob)

Considerações:

Esse foi o primeiro livro do Jô Soares que li. Eu tenho O Xangô de Baker Street e As Esganadas, mas nunca foram a minha opção de leitura.
Este livro não é meu, peguei emprestado, e sempre tive a sensação de que seria muito bom. Engano o meu! Demorei mais de 20 dias para ler, e fiquei decepcionada. 
Achei uma leitura maçante, arrastada, previsível, repetitiva, que não me animou a seguir em frente. Eu quase desisti no meu do livro, mas resolvi dar uma chance, com a esperança de que seria melhor no final. Achei o humor e as referências sexuais muito forçadas. Um exagero desnecessário para a trama.

Resolvi considerar um livro 3 estrelas, por a trama ser fraca, mas por outro lado tem  belíssimas descrições do Rio de Janeiro da década de 20, das ruas, bairros, do Copacabana Palace, cassinos, livrarias, cafés, dos fatos históricos e das várias referências a grandes escritores, tais como: Machado de Assis, Olavo Bilac, etc. Essa "pitada cultural" salvou o livro!

Ah, gostei muito da dedicatória que o Jô faz: "ao querido Rubem Fonseca, que insiste em não me deixar inventar palavras".

Sobre o autor: 
Jô Soares nasceu em 1938, no Rio de Janeiro. Comediante, humorista e dramaturgo, é autor de O Flagrante, O astronauta sem regime e O humor nos tempos de Collor, além dos romances lançados pela Companhia das Letras: O Xangô de Baker Street (já publicado em doze países), O homem que matou Getúlio Vargas (que teve sete edições estrangeiras) e As Esganadas, seu último livro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário